Sururu desaparece da Lagoa Mundaú

Por Clariza Santos – Gazeta de Alagoas 

Bem cultural de natureza imaterial de Alagoas, o sururu desapareceu, temporariamente, da Lagoa Mundaú, em Maceió. Atualmente, a água da laguna, que antes possuía teor 12 PPM (partes por mil) de salinidade adequado para a sobrevivência do molusco, está doce.

Conforme especialistas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e do Instituto do Meio Ambiente (IMA), isso ocorre por causa das chuvas que, desde maio, atingem o Estado, o que causou enchentes dos rios, lagoas e mares, provocando instabilidade e alteração nos ecossistemas.

Devido à situação, a população ribeirinha está desesperada porque, segundo apontam os pesquisadores, 83% das famílias que residem às margens da laguna Mundaú utilizam esta espécie como alimento diário e 27% da população a vende. Ou seja, a falta do sururu afetou direta e indiretamente a sociedade alagoana porque se trata de uma espécie de molusco apreciada pela população.

“O sururu representa o principal pescado capturado, principalmente, na laguna Mundaú, sendo de grande importância socioeconômica para as comunidades ribeirinhas”, afirma o professor do Centro de Tecnologia da Ufal, que coordena o monitoramento feito por meio da boia Carlos Ruberto.

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