Frigoríficos pagavam propina para burlar fiscalização, diz PF

Entre as empresas flagradas em operação estão BRF e JBS, duas das maiores produtoras e exportadoras de carne do Brasil
Deflagrada ontem pela Polícia Federal, a Operação Carne Fraca revelou um grande esquema de corrupção envolvendo empresas de alimentos e fiscais do Ministério da Agricultura. As investigações mostraram que os fiscais da vigilância sanitária recebiam propina para emitir certificados para produtos com diversos tipos de fraude, como o emprego de carnes estragadas e de substâncias que mascaravam mau cheiro.
Entre as empresas investigadas estão duas das maiores produtoras e exportadoras de carne do Brasil, a BRF – dona das marcas Sadia e Perdigão, entre outras – e o JBS – controlador da Friboi e da Seara. As ações das duas empresas despencaram na Bolsa. Dezenas de outros frigoríficos de menor porte também estão sendo investigados, além de empresas de comércio exterior, de fertilizantes e escritórios de advocacia. Três frigoríficos foram lacrados. O Ministério da Agricultura afastou 33 servidores. A JBS afirmou em nota que “não há nenhuma medida judicial contra seus executivos”. A BRF disse que está colaborando com autoridades.

 Estadão

Deixe um comentário