Iniciativa acontece em Arapiraca e reúne médicos, profissionais de enfermagem e agentes comunitários de saúde de 17 municípios alagoanos
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) promove neste mês de maio a continuidade das capacitações sobre manejo clínico dos pacientes com hanseníase. Na oportunidade serão capacitados profissionais de Enfermagem e Medicina, além de agentes comunitários da 7ª Região de Saúde, que englobam os municípios de Arapiraca, Batalha, Belo Monte, Campo Grande, Coité do Nóia, Craíbas, Feira Grande, Girau do Ponciano, Jacaré dos Homens, Jaramataia, Lagoa da Canoa, Limoeiro de Anadia, Major Isidoro, Olho d’Água Grande, São Sebastião, Taquarana e Traipu.
As capacitações acontecem na cidade de Arapiraca, sendo a parte teórica na Defensoria Pública de Arapiraca e a prática no Centro de Referência Integrado de Arapiraca (Cria), e serão realizadas em duas turmas, sendo a primeira nesta quarta-feira (3) e no 10 de maio; enquanto que a segunda ocorre nos dias 17 e 24 de maio. Durante o curso serão repassadas informações sobre diagnóstico e tratamento da hanseníase, com foco na identificação de suspeição de novos casos da doença, que se não diagnosticada e tratada em tempo oportuno, pode causar incapacitação, como perda da sensibilidade na parte do corpo afetada.
Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Controle de Hanseníase, enfermeira Itaniely Queiroz, as capacitações têm o propósito de assegurar que os novos casos da doença sejam identificados precocemente. “Quanto mais precoce a doença for diagnosticada, menos sequelas geram ao paciente. Por isso, iremos capacitar os técnicos dos 102 municípios alagoanos”, destacou.
Conforme Itaniely Queiroz, entre as principais características da hanseníase estão o aparecimento de manchas brancas e avermelhadas na pele e comprometimento dos nervos periféricos. “Quem é acometido pela doença também pode sentir sensação de formigamento nas mãos e pés, diminuição ou perda da sensibilidade e nódulos no corpo, alguns deles, dolorosos”, explicou.
A coordenadora do Programa Estadual de Controle de Hanseníase lembrou, ainda, que a doença tem cura, e o tratamento é assegurado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “A hanseníase pode provocar incapacitações permanentes nas pessoas e é acompanhada de um grande estigma social. Por isso, é imprescindível que os casos sejam identificados de forma precoce e o tratamento realizado de forma segura e completa”, ressaltou.
Fabiano Di Pace / Ascom Sesau