Sanfoneiro comemora volta de shows com trio e banda no São João de Maceió
Foram dois anos só esquentando a sanfona, mexendo pouco e até tinha dias que ela era deixada de lado. O sanfoneiro Zé Princesa comemora, agora, que os shows com o trio Unidos do Nordeste e com a banda voltaram a acontecer com o São João de Maceió – Massayó: Sol… Mar… Forró.
José Carlos, 64 anos, nasceu no estado da Paraíba. Deixou o táxi que rodava quando foi convidado para tocar sanfona no ano de 1984. De lá pra cá, José Carlos virou o Zé Princesa e o instrumento musical se transformou na sua fiel companheira.
Mas a saudade de tocar a sanfona era tanta que o Zé Princesa não aguentava mais de tanta ansiedade. Nesta sexta-feira (17) ele tocou no Mercado do Jacintinho ao lado do Caboré (triângulo) e do Alex (Zabumba). E no domingo (19), o sanfoneiro toca com sua banda no ‘Forró do Biu’, ao lado de outros companheiros que ele conhece de longa data.
“Esse é um presente maravilhoso, né? A gente ‘tava’ era morrendo de saudade. Dois anos parados e graças a Deus, a Prefeitura de Maceió viu que era hora de botar o trio na rua. A felicidade é muito grande! Ele botou [JHC] pra quebrar. Estou agora aqui e domingo já estou no Biu, com a banda completa. Fui convidado e quero agradecer de coração”, declara o sanfoneiro.
Zé Princesa, que já tocou ao lado de Dominguinhos, acredita que, após o tempo com a sanfona quase parada, agora cada show é um novo recomeço.
“O que Maceió ‘tá’ fazendo em termos de musicalidade, em fazer acontecer o forró pé de serra… Ave Maria! Aqui ‘tá’ 100%. O povo gosta e a gente tava com saudade. Todo canto tá com casa cheia. E domingo o Biu vai ‘tá’ topado!”, acredita Zé Princesa.
Trios de forró nos mercados
Enquanto o trio Unidos do Nordeste tocava na entrada do Mercado do Jacintinho, a permissionária Ana Lúcia, 39 anos, dançava animada na sua banca.
“Muito difícil segurar. Essa é a melhor festa que tem. E os trios aqui no mercado dão ânimo às pessoas. Esse São João da Prefeitura está nota 10!”, comemora Ana.
Os trios de forró que participam da programação foram contemplados pelo edital da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC). Essa programação diferente pegou em cheio quem passava pelo local.
Elis Roberta, 26 anos, mora em Cruz das Almas e vai sempre ao Jacintinho para fazer a feira. “Com o trio, o ambiente fica até mais agradável. Estávamos todos com saudade desse clima. Eu ainda não fui para o São João, mas vou para o Alok, no Jaraguá”, revela a consumidora.
Tatiane Gomes/Ascom Semtabes