Os prestadores de serviço da orla de Maceió participaram nesta quarta (10) de um treinamento com a Vigilância Sanitária sobre práticas de higiene voltadas especialmente para a prevenção e controle da covid-19.
O comparecimento dos comerciantes ao auditório do hotel Tambaqui, na Ponta Verde, e do Hotel Jatiúca foi tão grande que a Prefeitura vai avaliar a possibilidade de criar novas turmas para atender a todos os interessados.
O grupo recebeu inicialmente orientações do secretário de Turismo, Ricardo Santa Ritta, e do coordenador do Gabinete de Gestão Integrada para o Enfrentamento à Covid-19, Claydson Moura, que ressaltaram a importância de os prestadores seguirem os protocolos de combate ao coronavírus para manter Maceió com índices controlados na pandemia e evitar fechamento de setores econômicos.
Santa Ritta ressaltou que muitos dos comerciantes da orla passaram até 8 meses sem poder trabalhar e agora, no período de verão e com o ponto facultativo do Carnaval mantido, é a oportunidade de eles recuperarem a renda, mas mantendo todos os cuidados para evitar contaminação.
“Reagendamos o Carnaval e mantivemos o ponto facultativo para que não houvesse cancelamento de reservas. Teremos uma ocupação média nos hotéis de 75% no período, mas não podemos ter um pico de casos em Maceió. Reduzimos o número de cadeiras e guarda-sóis, vamos fiscalizar o cumprimento e pedimos que todos mantenham os protocolos para resguardar seu próprio negócio. Não queremos cassar a licença de ninguém, queremos deixar as pessoas trabalharem”, destacou o secretário.
O coordenador do GGI Covid-19, Claydson Moura, destacou durante o encontro os dados de vacinação de Maceió, umas capitais que mais vacinam no País, para mostrar aos prestadores de serviço que o Município tem avançado no combate ao coronavírus e que precisa do apoio da população.
Ele também lembrou a determinação que reduziu o número de jogos de praia (cadeiras e guarda-sóis) na faixa de areia em 30% e reforçou que a recomendação inicial era uma diminuição ainda maior. “Chegamos a esse percentual para que vocês continuem trabalhando, mas temos todos que fazer a nossa parte. Precisamos também que vocês sejam multiplicadores dos cuidados que irão aprender com a Vigilância Sanitária”, afirmou.
Moura lembrou que a Prefeitura recebeu uma doação de 30 mil máscaras da Cruz Vermelha, e irá distribuir boa parte com os prestadores da orla. Também será discutido junto aos órgãos competentes, inclusive o Ministério Público Federal, por se tratar de área da Marinha, a possibilidade de instalar pontos de água para os comerciantes, uma demanda apresentada por eles no treinamento.
Regras de higiene
Entre as regras anunciadas pela Vigilância Sanitária, foram destacadas a limpeza das mãos antes e depois de manusear alimentos, ao tocar no celular, pegar em dinheiro ou em objetos; a importância do álcool 70% disponível para uso dos clientes; necessidade de distanciamento; e o uso correto das luvas.
A monitora Daniela Araújo destacou que a luva pode passar uma falsa ideia de proteção se mal utilizada, por isso, em algumas situações, a Vigilância recomenda até mesmo que ela não seja usada. “Às vezes a pessoa está de luva, mas pega no dinheiro, pega na bebida, na comida… Quando a gente está sem elas, acaba higienizando mais as mãos”, explica.
Flávia Silva dos Santos, que trabalha com aluguel de cadeiras e guarda-sóis, considerou o encontro muito proveitoso, principalmente porque os prestadores de serviço puderam conversar de perto com os representantes da Prefeitura. Ela disse que já segue os protocolos ensinados e agora espera que a fiscalização faça com que todos cumpram. A Vigilância Sanitária criará um selo de boas práticas para conceder aos comerciantes que seguirem as regras. Já os que forem flagrados descumprindo a legislação perderão a certificação e podem chegar a ter a licença suspensa ou até perder a permissão para trabalhar na orla.