Recursos públicos que os partidos receberam do Fundo Partidário pagam viagens de jatinho, bebida alcoólica, churrascos e até contas pessoais de dirigentes. Os gastos formam uma “caixa- preta” de R$ 3,57 bilhões. Questionadas pela Justiça Eleitoral, são prestações de contas de despesas de 2011 a 2016, ainda pendentes de julgamento no Tribunal Superior Eleitoral. A estimativa é de que esse passivo burocrático some 560 mil páginas, guardadas em centenas de pastas nos arquivos do tribunal. As legendas costumam apresentar notas fiscais sem mostrar como, quando, onde e para qual finalidade foi o gasto. No momento, os técnicos trabalham com despesas de 2011, entregues em 2012. O julgamento dessas contas, cujo prazo para eventuais punições expira em cinco anos, deve ocorrer em 28 de abril, dois dias antes da prescrição. Os partidos negam irregularidades.