Cerimônia, solicitada por uma instituição LGBTQIA+, foi conduzida pelo juiz André Gêda
Foi com um caloroso “SIM” que o Teatro Deodoro foi palco da união de 320 casais, na tarde desta segunda-feira (8). O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), por meio do Programa Justiça Itinerante, e em parceria com o Centro de Acolhimento Ezequias Rocha Rêgo (CAERR), celebrou o amor durante uma cerimônia conduzida pelo juiz André Gêda.
A atendente de telemarketing, Maria Luíza Nogueira, de 21 anos, e técnica de enfermagem Júlia Glaucielle Ferreira, de 23 anos, se conheceram há mais de seis anos e se tornaram amigas. Elas começaram a namorar há um ano de três meses e em pouco tempo de relacionamento decidiram morar juntas. Hoje, elas aproveitaram a oportunidade para oficializar a união.
“Eu fico muito feliz porque eu sempre tive a certeza que era ela, que seria ela e a Maria Luíza sabe disso. Os nossos direitos agora estão respaldados, vamos poder ter os nossos filhos, poder, sim, construir a nossa família e ir de encontro a todos os padrões que a sociedade impôs”, declarou Júlia.
O magistrado André Gêda, coordenador da Justiça Itinerante, falou sobre a importância de regularizar a união perante a lei, garantindo direitos e proporcionando a cidadania. “O casamento é a preservação de uma das maiores instituições que é a família. A vida coloca desafios para o casal, mas o amor configura a união. Quando você planta amor e se dedica à pessoa que está ao seu lado, a tendência é colher isso”, justificou o juiz.
Mesmo sendo uma instituição LGBTQIA+ que solicitou a ação da Justiça Itinerante, as inscrições foram abertas para casais héteros também, conforme explicou o presidente do CAERR, Nildo Correia.
“Sempre buscamos que os serviços alcancem o máximo de pessoas independente de orientação sexual e identidade de gênero. Essa é uma ação muito importante para o Centro de Acolhimento, já estamos na 7ª edição através da parceria com o Tribunal de Justiça, por meio do programa Justiça Itinerante”, informou.
Maria Alexandra dos Santos, de 45 anos, e Pedro Henrique dos Santos, de 28 anos, já estavam juntos há seis anos e viram uma reportagem de TV noticiando o casamento coletivo quando decidiram se casar. “Queríamos a legalidade dos homens aqui na terra e perante Deus, porque somos evangélicos e queríamos legalizar a nossa situação em Cristo”, comentou a noiva.
As associações, igrejas, organizações sem fins lucrativos ou instituições públicas podem procurar a Justiça Itinerante para solicitar e agendar casamentos coletivos.
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