Dia Mundial da Bicicleta: Pedalar reduz o risco de doenças cardíacas, afirma cardiologista

Prática de atividade física contribui com a liberação de endorfinas e serotoninas, neurotransmissores responsáveis pelo bem-estar, ressalta especialista

Nesta sexta-feira, 3, é comemorado o Dia Mundial da Bicicleta. Além de contribuir com a saúde física e mental, o hábito de pedalar é considerado acessível, sustentável, econômico e favorável à mobilidade urbana, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que instituiu a data. Para a cardiologista e professora do Centro Universitário Tiradentes (Unit/AL) Daniela Barreto, o hábito de pedalar regularmente reduz em 50% o risco do indivíduo apresentar doenças cardíacas.

Durante o período de isolamento da pandemia, em 2020, o relações públicas João Paulo Sabino esteve em busca de uma atividade física prazerosa e que pudesse lhe auxiliar na locomoção em Maceió. Ele cogitou adquirir outros meios sustentáveis como patins, skate ou patinete, mas, após procurar informações com conhecidos que praticavam o ciclismo, optou pela bicicleta.

“O ciclismo foi um refúgio para mim. Antes de comprar a bicicleta, tive medo por causa do trânsito, mas ao conversar com algumas pessoas, adquiri mais confiança e, por isso, comprei uma bicicleta em novembro de 2020. Depois disso, influenciei outros amigos a comprarem e fiz novas amizades que também pedalam”, conta.

Como João Paulo já tinha preparo físico, por frequentar academia de ginástica e ter mantido exercícios em casa durante o fechamento das academias, ele chegou a fazer percursos de bicicleta que duravam até 3 horas.

“Houve um período que as ciclovias foram interditadas também devido à pandemia. Então, eu pedalava até regiões com praia, com poucas pessoas e acredito que isso também contribuiu para a minha saúde mental, além da saúde física”, avalia.

Atualmente, o meio de transporte que era utilizado prioritariamente como lazer, se transformou em um meio rotineiro para ele. Pois, após se mudar para uma região da cidade próxima a ciclovias, o relações públicas passou a utilizar a bicicleta para idas às compras, academia e outras necessidades.

Benefícios para a saúde física e mental

Segundo Daniela Barreto, estudos apontam que, além de reduzir o risco de doenças cardíacas, a prática de exercícios físicos contribui para a liberação de endorfinas e serotonina, neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar.

“A liberação das endorfinas e serotonina dá ao indivíduo a sensação de felicidade, gerando o relaxamento que é essencial para o sono saudável, como também ajuda no controle do peso e na redução da pressão e do colesterol”, informa.

Apesar dos benefícios, ela alerta que pessoas com hérnia intervertebral e artrose podem estar na lista de patologias que contra indicam o uso de bicicleta e que as pessoas cardíacas somente devem iniciar a atividade após uma avaliação médica.

O fisioterapeuta e também docente da Unit/AL, Rosivaldo Ferreira, reforça que a bicicleta promove uma ação de baixo impacto, isso significa que o hábito de pedalar protege as articulações. Além disso, ele recomenda que o indivíduo que deseja iniciar a atividade, pesquise um modelo de bicicleta que se adeque ao seu corpo e que respeite a própria resistência física.

“É sempre importante procurar profissionais capacitados para uma avaliação do seu corpo e de suas capacidades iniciais de treinamento. A atividade física, como o pedalar, precisa ser uma atividade que gere prazer e bons frutos ao nosso corpo e não que gere dor ou promova lesões. Também é necessário escolher uma bicicleta ideal para a sua atividade, de acordo com a sua altura, com banco adequado, usar equipamentos de segurança e escolher bem o trajeto a ser percorrido para minimizar qualquer risco”, ressalta.

Carol Amorim – Algo Mais Consultoria e Assessoria

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