Programa Alagoas Feita à Mão estrutura ações voltadas à valorização e comercialização do artesanato alagoano
Artistas, mestres e grupos produtivos apoiados pelo programa Alagoas Feita à Mão (AFAM), da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur/AL) fecharam o faturamento do ano de 2022 comercializando cerca de R$ 693.901 mil em produtos artesanais genuinamente alagoanos.
O resultado vem da soma da participação do artesanato de Alagoas em três feiras – a Fenearte, que aconteceu em julho, em Recife (PE); a Fenacce, que aconteceu em outubro, em Fortaleza (CE); e o Salão do Artesanato, que aconteceu no mês de maio, em Brasília (DF), além da plataforma virtual do Alagoas Feita à Mão, que tem estimulado e consolidado ainda mais o trabalho de artesãos e grupos produtivos do Estado.
Apoiados pelo programa Alagoas Feita à Mão, mestres e artistas populares alagoanos tiveram a oportunidade de trocar experiências, conhecer lojistas e vender suas peças, promovendo nacionalmente a pluralidade da criação local nos estados de Brasília, Pernambuco e Fortaleza. Lá, a diversidade em tipologias e peças obtiveram destaque entre os visitantes, estimulando ainda mais a produção artesanal alagoana.
Para a gerente de Design e Artesanato da Sedetur/AL, Daniela Vasconcelos, a participação em feiras é fundamental para a rentabilidade dos artesãos, além de ser primordial na conquista de novos clientes.
“A gente sempre opta em participar dessas feiras, porque sabemos da importância em manter uma abertura de mercado com outras regiões. Então, oportunizar esses encontros aos nossos artesãos é benéfico para a geração de renda e o desenvolvimento socioeconômico da cadeia produtiva do artesanato alagoano”, pontua.
Em cada um dos estados, Alagoas marcou presença com estandes para exposição e comercialização das peças. Os artesãos, com o apoio do Alagoas Feita à Mão, tiveram também a oportunidade de participar de rodadas de negócio, além de entrar em contato com os principais lojistas de diferentes partes do país, e apresentar o melhor da diversidade do Estado, trocando experiências com artesãos de várias regiões, por meio de oficinas e palestras.
Plataforma Virtual
O programa Alagoas Feita à Mão conta com uma plataforma on-line que reúne a produção de diversos artistas, facilitando o processo de aquisição e compra dos produtos, além de contribuir para a geração de renda no segmento.
É possível acessar o site através do endereço www.alagoasfeitaamao.com.br. Com mais de 1.200 produtos anunciados e beneficiando mais de 700 artesãos diretamente, o site reflete a riqueza e diversidade de tipologias de Alagoas, indo desde o bordado filé às esculturas de barro, passando pelo cipó, cerâmica e madeira.
A artesã Maria Aparecida Ferreira da Silva, conhecida como Cidinha, comercializa suas esculturas de bonecas de tecido na plataforma online e explica como o site foi fundamental para o crescimento de suas vendas.
“Quando eu tive coragem de me assumir como artesã, pensei que a minha vida iria ser difícil, visto que no começo eu estava muito preocupada. Eis então que após aprovada a minha carteirinha descobri a existência do site Alagoas Feita à Mão. Agora eu consigo compreender a visibilidade que tenho. Possivelmente, sem a plataforma eu não conseguiria fazer as vendas que eu consigo hoje em dia”, contou.
Cidinha destaca também que sem o apoio da plataforma ela não teria o reconhecimento que possui nos dias atuais. “Sem esse espaço eu não poderia expressar a minha arte e cultura para o mundo. É lá onde tenho todo apoio, onde pude fazer conexões com os meus maiores clientes e que amam consumir o meu trabalho. Eu espero, de verdade, que mais pessoas levem seus trabalhos para o portal e obtenham o mesmo sucesso que o meu”, conclui.
Alagoas Feita à Mão
Criado em 2015 e institucionalizado como programa do Governo de Alagoas no ano de 2022, o programa Alagoas Feita à Mão estrutura ações voltadas à valorização e comercialização do artesanato alagoano.
Coordenado pela Gerência de Design e Artesanato da Sedetur/AL, suas ações consolidam a atividade como importante contribuinte para a geração de renda e desenvolvimento socioeconômico da cadeia produtiva do artesanato, além de impulsionar a cultura popular.
Raphael Silva, sob supervisão