Orientações de um Pediatra : Epilepsia na Infância

 

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Epilepsia na Infância

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A epilepsia é um distúrbio do cérebro e não uma doença mental. Quando a crise epiléptica acontece é porque as células do cérebro não estão funcionando ou não estão trabalhando como deveriam, e atrapalham outras que estão funcionando corretamente. Os pais que vêem uma crise convulsiva num filho, quando ocorre pela primeira vez, ficam bastante assustados e preocupados. As crises epilépticas podem ser desencadeadas por diversas  causas:

 • Febre; • Infecção do sistema nervoso; • Após uma queda; • Após acidente com grave lesão do cérebro. Para reconhecer uma crise epiléptica existem alguns sinais que sugerem uma crise: • Um bebê está deitado ou sentado, e subitamente apresenta movimento como os de “um braço” e de flexão das pernas; • Um bebê está sentado tranqüilamente, e subitamente cai para frente e bate a cabeça; • Uma criança pára momentaneamente suas atividades e fica com o olhar perdido; • Quedas súbitas sem razão aparente; • Não presta atenção mesmo quando se fala alto ou se tenta chamar sua atenção; • Revira os olhos e pisca com muita freqüência; • Age como se estivesse bêbado ou sonolento; • A criança age de forma estranha e não natural; • Movimenta braços e pernas sem conseguir parar. Lembre-se de que essas condutas sugerem convulsões, mas algumas crianças podem normalmente, de forma ocasional, agir assim. O que indicará a natureza epiléptica das crises será a repetição das citadas manifestações. Durante uma crise devemos seguir os seguintes passos: 1º.Mantenha a calma; 2º.Coloque algo macio em baixo da cabeça da criança; 3º.Vire a cabeça para o lado, de maneira que a saliva escorra e não impeça a respiração; 4º.Desaperte a camisa e o cinto da criança; 5º.Não tente introduzir nenhum objeto na boca da criança; 6º.Não tente segurá-Ia com força; 7º.Permaneça ao lado da criança até terminar a crise; 8º.Caso a criança persista em média por 10 a 15 minutos, deverá ser levada de imediato ao hospital mais próximo. Através de uma avaliação médica especializada, sabemos se a criança tem ou não epilepsia, em caso positivo, será prescrito medicamentos específicos.

ORIENTAÇÕES IMPORTANTES:

Primeira – a epilepsia não é contagiosa; Segunda – a criança não machuca ninguém durante a crise; Terceira – se a criança ainda apresenta crise convulsiva, deverá evitar andar de bicicleta, fazer exercícios, subir em árvores, andar de motocicleta, dirigir carro, fazer natação, tomar banho de mar, mas se estiver sem convulsão por um período mínimo de um ano, se está sob controle do neurologista, poderá viver uma vida normal sob supervisão; Quarta – normalmente a criança não terá dificuldades escolares; Quinta – é importante que os pais não escondam que seu filho tem epilepsia; Sexta – na escola, os pais devem avisar aos professores e conseqüentemente aos seus colegas de turma que seu filho tem epilepsia; Sétima – o tratamento médico deve estar adequado, pois, doses excessivas ou incorretas podem comprometer a atividade escolar; Oitava – não se deve deixar os pais suspenderem a medicação sem ordem médica; Nona – sabe-se que se os pais são epilépticos, a proporção de ter um filho epiléptico é maior do que quando um dos pais é sadio. O fenômeno de hereditariedade está sendo muito discutido; Décima – o problema deve ser orientado por toda a família, demonstrando que a maioria dos casos, quando bem orientados, tem evolução satisfatória. Para finalizar, com o diagnóstico e tratamento adequado, aproximada 90% das crianças terão suas crises controladas, com um mínimo de efeitos indesejados, isso permitirá o acesso a uma vida normal, tendo as mesmas qualidades e defeitos de seus colegas que não sofrem de epilepsia. “Seu Filho em Boas Mãos”

 

Dr. Geraldo Lessa
e-mail: drgeraldolessa@hotmail.com
Fones (82) – 3271-4749 / (Clínica) 9982-1538

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