TJAL realiza provas para concurso de Técnico Judiciário

Dos 20 mil candidatos inscritos, 13 mil compareceram para realizar a prova, neste domingo (14); expectativa é nomear aprovados ainda este ano

“Nossa expectativa é nomear os aprovados ainda este ano”, disse o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), desembargador Fernando Tourinho, em visita a um dos locais de prova do concurso público para o cargo de técnico judiciário da Justiça alagoana, neste domingo (14). Dos 20 mil inscritos, cerca de 13 mil realizaram a prova objetiva que oferta 20 vagas.

O presidente da Comissão do concurso, Juiz João Paulo Martins, afirmou que a pretensão do Poder Judiciário é chamar um número superior à quantidade de vagas ofertadas.

“No último concurso de técnico, realizado em 2017, foram chamados aproximadamente 450 pessoas. Então, essas 20 são as vagas iniciais, mas como cadastro de reserva, a previsão, inclusive, é chamar bem mais do que isso”, destacou.

Tourinho ainda reforçou que existe uma carência de servidores no Poder Judiciário e que a expectativa para essa prova é trazer os melhores para integrar a Justiça alagoana.

“Nós pretendemos nomear, ainda esse ano, um número significativo de aprovados. O Judiciário precisa dessa mão de obra. Eu tenho dito sempre a todos que têm tomado posse que nós estamos tentando fazer o melhor para ter o maior número de servidores, para que a gente possa atender melhor à sociedade alagoana”, ressaltou.

Candidatos

Com 19.811 inscritos, as provas foram aplicadas em 37 locais, na capital alagoana. Destes, 3.880 candidatos se inscreveram para as vagas destinadas a negros, indígenas e quilombolas e 553 para as vagas destinadas a candidatos portadores de deficiência. 13.593 compareceram aos locais de prova, somando cerca de 31% de abstenção.Joice da Silva é natural de Sergipe, advogada e estuda para concurso há cerca de dois anos. Suas expectativas são boas para esse certame.

“Eu venho estudando para a carreira de Tribunais há dois anos e coleciono algumas aprovações. Tenho a expectativa de integrar o quadro aqui do Tribunal de Justiça de Alagoas porque eu gosto muito do estado, gosto da capital Maceió, inclusive tenho alguns processos aqui e estou animada com a prova”, disse.

Já Susana Soares é alagoana e apesar de não ter o hábito de fazer concursos como muitos outros candidatos, acredita que sua experiência prática como advogada pode fazer a diferença para a sua aprovação.

“Eu advogo, sou conciliadora também no juizado e acabei decidindo fazer essa prova por estar na área. A gente que já tem nível superior, acaba ajudando um pouco, então a gente vai mais pela experiência prática mesmo, do que pela rotina de estudo de concurseiro. Fiz questões para praticar e até que tá tranquilo, tá bem razoável a expectativa. Eu gostei do conteúdo programático, foi bem justo para o nível do concurso”, falou.

Mauricio Franklin mora em Recife e veio para Maceió só para realizar o concurso. Ele não é da área jurídica, mas afirma que estudou bastante e está animado com a prova.

“Eu trabalho numa empresa de engenharia e já venho estudando há mais de dois anos. Procurei fazer questões todos os dias e me dediquei bastante para essa prova. Eu quero muito essa área de Tribunal para ter mais qualidade de vida para mim e para minha família. Espero que dê tudo certo”, disse o candidato que estava fazendo as últimas revisões antes de entrar na faculdade.
Adrieli Fernandes chegou no último minuto antes do fechamento dos portões. Ela falou que está ansiosa para a prova e que quer muito fazer parte do Poder Judiciário. “Estudei, me sinto pronta e agora estou confiando em Deus”, disse, correndo, a candidata.

Concurso

A Fundação Carlos Chagas (FCC) ficou responsável pela organização e aplicação das provas. Os portões abriram às 08h15min e fecharam às 9h, e a prova teve duração de 3h.

O cargo de técnico judiciário exigiu o nível médio de escolaridade e a prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, teve 60 questões de múltipla escolha, distribuídas entre conhecimentos gerais e específicos, entre eles, noções de direito administrativo, constitucional, processo civil, direito penal e processual penal.
Mariana Cordovani, integrante da coordenação da FCC na realização da prova, destacou que tudo está acontecendo conforme o esperado.

“Foi um concurso que foi bem organizado pela FCC, desde o momento da assinatura do contrato. A entrada dos candidatos foi super tranquila, não só aqui na UMJ como em todos os colégios e já temos a informação que tudo está correndo perfeitamente bem”, pontuou.

Ela ainda completou dizendo que os cerca de 31% de abstenção é considerado normal para os concursos na área de tribunais em todo o Brasil. “Não é algo específico desse concurso”, disse.

Resultado

O gabarito e o acesso aos cadernos de prova serão liberados nesta segunda (15). O resultado preliminar das provas objetivas saíra no dia 09 de setembro, em seguida será realizada a avaliação dos candidatos autodeclarados negros, indígenas e quilombolas pela Comissão de Heteroidentificação. No dia 24 de outubro sairá o resultado definitivo do certame.

O cargo de técnico judiciário tem um vencimento básico de R$ 3.006,69, além de auxílio-alimentação e saúde. 12 vagas são destinadas para ampla concorrência com formação de cadastro reserva. Do total de vagas, quatro são reservadas para candidatos com deficiência e quatro para candidatos negros, indígenas e quilombolas.

Acompanharam o presidente na visita a UMJ, integrantes da comissão do concurso, o diretor-geral do TJAL, Elói Melo, os servidores Valdemir Ferreira, Gustavo Macedo e Leônio Queiroz.
Diretoria de Comunicação – Dicom TJAL SD
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