Com uma roda de conversa realizada dentro do território de atuação – o 3º Distrito Sanitário – a equipe 7 do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Primária (eNASF/AP) retomou às atividades presenciais com as nove famílias que integram o projeto Quintal Produtivo nos bairros do Santo Amaro e Canaã, na parte alta de Maceió.
O Quintal Produtivo é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) que visa estimular práticas alimentares saudáveis, através do cultivo de hortaliças, em grupos vinculados às equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF). Nessa última atividade, realizada na sexta-feira (07), a equipe de saúde destacou o plantio e o consumo, não só de hortaliças, mas também de verduras e plantas alimentícias não convencionais, as chamadas PANCS.
“Além de acompanhar as famílias no desenvolvimento de suas hortas, procuramos trazer sempre às reuniões – a cada dois meses – algum conteúdo que some conhecimento ao que as famílias já vêm fazendo, ouvindo e procurando solucionar com eles as dificuldades que surgem”, afirma o engenheiro agrônomo Elton César, que integra a equipe do eNASF/AP 7.
O encontro com as famílias ocorreu na residência de um dos integrantes do grupo, o aposentado Edvaldo Pereira dos Santos, que há cerca de dois anos iniciou as atividades no projeto. Ele, que chegou à Unidade de Saúde São José (no Canaã) sedentário, em busca de cuidados com a saúde, comemora o bem-estar que passou a sentir, depois de iniciar a plantação na área externa de seu domicílio.
“Já colhi tomate, banana, acerola, alface, pimenta, couve, inhame. Em alguns meses, chego até a economizar nas despesas com a feira. Mas o melhor é a disposição que passei a ter, com uma alimentação adequada e ocupando a mente. Nem vejo o tempo passar”, atestou o Edvaldo.
De acordo com a nutricionista Juliana Lyra, a melhoria da qualidade de vida dos usuários da unidade tem sido o fator mais visível nessa ação do município, pois, dentro do grupo, eles ajudam uns aos outros na adoção de hábitos de vida mais saudáveis.
“Isso se reflete diretamente na redução da procura por atendimento médico, pois a maior parte desse grupo só procura a unidade agora para o acompanhamento anual regular”, reforça Juliana.
Cássia Oliveira – Ascom SMS