Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas: 14 estudantes da rede estadual são premiados na edição 2022

Cerimônia de entrega de medalhas foi no Ifal Campus Maceió
“Conseguir uma medalha não é questão de genialidade. Não é um dom. É fruto de esforço, é porque você dedicou seu tempo para estudar”. As palavras do arapiraquense Pedro Alexandre dos Santos, do Colégio Tiradentes-Unidade Agreste refletem o empenho do único alagoano a conquistar dois ouros – etapas estadual e nacional – em uma das mais disputadas olimpíadas de conhecimento do país, a Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP). Ele é um dos 14 alunos da rede estadual premiados na edição 2022 da competição, cuja cerimônia de entrega de medalhas foi realizada no Instituto Federal de Alagoas (Ifal) – Campus Maceió.

Em todo o estado, foram 40 premiados, incluindo alunos das redes estadual, municipais e federal. “Em todo o Brasil, 100 mil estudantes fizeram a OBFEP em 2022, e, dentre estes, 1% alcançou pontuação para medalha. Por isso, todos os nossos medalhistas estão de parabéns, assim como seus professores, pois eles fazem a Olimpíada acontecer”, afirmou o coordenador da OBFEP em Alagoas, Professor Samuel Teixeira, do Instituto de Física da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
Gerente de Desenvolvimento e Acompanhamento Pedagógico da Secretaria de Estado da Educação, Emanuele Kamila Souza parabenizou os medalhistas e seus professores e destacou o impacto que a olimpíada terá nas vidas dos estudantes. “Essas medalhas transformarão suas vidas e de suas famílias e também irão guiá-los rumo ao seu futuro acadêmico e profissional. Aproveito também para parabenizar as 14 meninas medalhistas da edição 2022 da OBFEP, pois, por muito tempo, pensava-se que nós mulheres não tínhamos vocação para as ciências exatas”, observou.

Esforço e superação

Os 14 medalhistas da rede estadual trazem consigo histórias de superação, esforço e dedicação aos estudos.

Bronze pela Escola Estadual Lucilo José Ribeiro, de São José da Tapera, Fernando Gonzaga Ribeiro é aluno da 4ª série do ensino médio noturno. “Foi minha primeira OBFEP. Sempre fui apaixonado por física e química e pretendo cursar Engenharia Mecânica na Ufal”, revelou.

De Penedo, o também medalhista de bronze Jaylan da Silva Laerte, da Escola Estadual Alcides Andrade, diz que a olimpíada lhe faz vislumbrar novos horizontes. “Essa medalha é mais um degrau rumo à realização de meus sonhos. Este ano, quero trazer a prata”, declarou o aluno da 2ª série do ensino médio.
As escolas estaduais Santos Dumont, de Rio Largo, e Ana Lins, de São Miguel dos Campos, tiveram cada uma, dois medalhistas de prata: Márcio Marques Crisóstomo e Giselly Palmeira Duarte, pela Ana Lins e Pedro Vinicius Carneiro e Wilgler Neurivan Rodrigues. “Ganhar essa medalha é gratificante, é o reconhecimento de seu esforço”, disse Pedro.

“Vale muito participar da OBFEP. Todo conhecimento é válido”, atestou Wilgler. “Estamos muito felizes por nossas medalhas e agradecemos a todos que nos apoiaram, em especial o professor Felipe Ventura, que nos inscreveu”, complementou Giselly.
Maria Clara Ribeiro, do Colégio Tiradentes Agreste, foi ao lado da colega Laura Morais, medalhista de bronze. Ela ressalta que as 14 medalhistas do sexo feminino da OBFEP quebraram tabus. “Muita gente ainda pensa que esse mundo das exatas não é para nós, meninas. Essas medalhas mostram nosso potencial e que podemos ocupar e sermos destaque em qualquer área”, enfatizou a adolescente.

Investimento

Professor premiado na edição 2022, Thierry Sena, do Colégio Tiradentes Agreste, fala que a premiação é fruto de um trabalho iniciado em 2017 e que já apresentava bons resultados um ano depois. “Como professores, devemos incentivar o potencial de nossos alunos e, neste sentido, o nosso programa olímpico é umas nossas ferramentas mais bem sucedidas. Participar da OBFEP engrandece o aluno e o educador e só quem ganhou essa medalha sabe o quanto esse resultado é gratificante”, assegurou. Além de Thierry, o Colégio Tiradentes Agreste também foi premiado como escola.
Articuladora de ensino e professora de física, Camila Gomes, da Alcides Andrade, tem opinião similar. “O aluno que faz a prova da OBFEP adquire conhecimento que vai lhe beneficiar em outras provas, a exemplo do Enem, e estimular o raciocínio lógico. Além disso, a premiação eleva a autoestima do estudante e estimula mais jovens a ingressarem no mundo olímpico”, listou.

Geraldo Ferreira, da Escola Estadual Fernandes Lima, de Maceió, prestigiou a premiação da sua aluna Ana Clara Araújo, medalhista de bronze. Ele comemora os resultados alcançados por seus estudantes em olimpíadas de conhecimento. “Em 2022, conquistamos medalhas nas olimpíadas de física, matemática, ciências e astronomia. Em 2023, já tivemos 10 medalhas na Olimpíada de Astronomia e avançamos para a segunda fase das olimpíadas de ciências e matemática”, celebrou.

Oportunidade

A medalha da OBFEP, por sinal, é também uma porta de entrada para algumas das universidades do país, a exemplo da Unicamp e da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
“Você tem a chance de usar medalhas adquiridas nos dois anos anteriores para a tentativa de admissão nestas universidades. Por isso, participar dessas olimpíadas vale muito a pena, além do fato de que você sempre ganha mais conhecimento”, aconselhou o medalhista de ouro Pedro Alexandre, que, no decorrer de sua vida escolar, também conquistou ouro e bronze na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA); dois ouros na etapa estadual da OBFEP e uma prata na etapa nacional desta mesma olimpíada. O jovem, por sinal, pretende seguir carreira na área da física e, além do Enem, vai participar dos processos seletivos do ITA e da Unicamp.

Os premiados

Confira abaixo a lista dos premiados da rede estadual na edição 2022 da OBFEP:

Ouro

Pedro Alexandre dos Santos Silva – Colégio Tiradentes Unidade Agreste- Arapiraca.

Prata

Giselly Palmeira Duarte dos Santos – Escola Estadual Ana Lins – São Miguel dos Campos;

Márcio Marques Crisóstomo Neto – Escola Estadual Ana Lins- São Miguel dos Campos;

Pedro Vinicius Carneiro de Brito – Escola Estadual Santos Dumont – Rio Largo;

Wilgler Neurivan Camilo Rodrigues – Escola Estadual Santos Dumont – Rio Largo.

Bronze

Laura Mariana de Morais Moura – Colégio Tiradentes Unidade Agreste – Arapiraca;

Maria Clara Ribeiro Costa – Colégio Tiradentes Unidade Agreste – Arapiraca;

Marllon César dos Santos Martins – Escola Estadual Pedro Joaquim de Jesus – Teotônio Vilela;

Jaylan da Silva Leite – Escola Estadual Dr. Alcides Andrade- Penedo;

Fernando Gonzaga Ribeiro – Escola Estadual Lucilo José Ribeiro – São José da Tapera;

Asaph de Morais Quiorato – Escola Estadual Deputado João Beltrão – Coruripe;

Davi Ferreira Sabino – Escola Estadual Odete Bonfim – Maribondo;

Ana Clara de Melo Araújo – Escola Estadual Dr. Fernandes Lima – Maceió;

Pablo Lucas Lopes da Silva – Escola Estadual Theonilo Gama – Maceió.

Professor premiado

Thierry Sena – Colégio Tiradentes Unidade Agreste – Arapiraca.

Escola premiada

Colégio Tiradentes Unidade Agreste – Arapiraca.

Ana Paula Lins / Ascom Seduc

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