A Junta Comercial do Estado de Alagoas (Juceal) registrou a abertura de 21.338 novas empresas somente no primeiro semestre deste ano. O total anotado no período é 66,8% maior do que o quantitativo registrado no mesmo período do ano passado, igual a 12.789 negócios constituídos.
Em números totais, os microempreendedores individuais (MEIs) apresentaram os maiores quantitativos, com 17.507 inscrições, mas foram as microempresas (MEs) que mostraram a maior evolução em relação a 2020, com um crescimento de 70,6%.
O MEI é uma condição empresarial caracterizada por ter faturamento anual até 81 mil, possuir apenas um funcionário de carteira assinada e por o empresário não poder participar de outra empresa como sócio ou titular, enquanto a ME possui um porte acima.
Observando os dados registrados em 2021, além dos MEIs, as constituições podem ser divididas ainda em 2.696 microempresas – negócios com renda bruta anual inferior ou igual a R$ 360 mil -, 662 empresas de pequeno porte (EPPs) – negócios com renda bruta anual superior a R$ 360 mil e inferior a R$ 4,8 milhões – e 473 negócios considerados sem porte.
“Esse crescimento também é reflexo do trabalho feito pela Juceal pela diminuição da burocracia e pela agilidade no registro de empresas através do Portal Facilita Alagoas. Seja por necessidade ou por vontade, temos que oferecer o melhor ambiente possível para que o empresário possa iniciar as suas atividades. Esses números poderiam ter sido bem piores se não tivéssemos agido rapidamente durante o início da pandemia. Muitos negócios poderiam ter ficado travados e a economia alagoana iria sentir. Mas hoje podemos dizer que o registro empresarial é uma realidade, e uma realidade totalmente digital”, enfatiza o presidente da Juceal, Carlos Araújo.
Os números levantados pela Junta Comercial trazem também especificações quanto às atividades e aos municípios alagoanos.
Em relação às seções de atividades econômicas, a lista com maiores inscrições é formada por comércio (7.900); alojamento e alimentação (2.908); transporte, armazenagem e correio (1.767); indústrias de transformação (1.652); outras atividades de serviço (1.438); construção (1.221); e atividades administrativas e serviços complementares (1.049).
Quanto às cidades, os maiores números podem ser vistos em Maceió (10.641), Arapiraca (1.800), Rio Largo (582), Marechal Deodoro (545), Penedo (532), Coruripe (443), União dos Palmares (399), São Miguel dos Campos (356), Palmeira dos Índios (352), Delmiro Gouveia (250), Pilar (249), Campo Alegre (248), Atalaia (219), Satuba (203) e Maragogi (182).
Extinções empresariais
A Juceal também fez um levantamento sobre os dados relacionados à baixa de negócios no semestre. Ao todo, foram 6.177 empresas baixadas na metade de 2021. Quando divididos por porte, esses números são verificados como 4.149 MEIs, 1.526 MEs, 207 EPPs e 295 empreendimentos considerados sem porte.
Observando as seções de atividades econômicas, os maiores números são encontrados para comércio (2.720); alojamento e alimentação (776); indústrias de transformação (424); transporte, armazenagem e correio (363); construção (340); atividades profissionais, científicas e técnicas (314); e atividades administrativas e serviços complementares (312).
Sobre os municípios alagoanos, a listagem com os maiores quantitativos engloba Maceió (2.975), Arapiraca (511), Penedo (233), Rio Largo (156), Coruripe (115), Marechal Deodoro (115), São Miguel dos Campos (113), União dos Palmares (111), Campo Alegre (110), Palmeira dos Índios (107), Delmiro Gouveia (101), Pilar (67), Santana do Ipanema (60), Teotônio Vilela (54) e Satuba (50).
A Juceal é o órgão alagoano de registro empresarial e entidade responsável pela administração da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) no estado. Essa rede tem o Portal Facilita Alagoas como interface, que conta com serviços de várias instituições de registro e licenciamento, além das prefeituras dos 102 municípios alagoanos.
Hotton Machado