Fala sério, a emoção quando recebemos uma carta é bem maior que a de um simples e-mail, algo tão rápido, não gera tamanha expectativa como do que se escreveu de caneta ou lápis em punho. Depois você pode até deletar, parece algo sem muita emoção, lógico que nas devidas proporções, pois não pretendo me opor à tecnologia da informática, caso contrário não estaria aqui escrevendo esse texto e tornando público meu sentimento. Mas a carta é mais charmosa, algo que você guarda para sempre dentro de um livro, numa caixinha, não traz nenhum vírus e simboliza união, mesmo que a distância, entre amigos e até de um grande amor
É dessa forma que vivi dois momentos durante os últimos dias. Primeiro em receber uma carta de minha tia-mãe Diva, hoje residindo em Chaves/Portugal, para onde pretendo ir no próximo ano, mas até lá, muitas coisas poderão acontecer. Senti muita alegria e um fortalecimento emocional, sabendo que alguém muito querido, no outro lado do mundo, preocupa-se com você, e olha que não sou mais nenhum bebê, já estando próximo dos cinquenta. A vida é assim, poderia até me alongar no texto, mas o sentido aqui não é escrever um artigo ou um livro, é citar, de forma muito rápida, passagens de nossas vidas .
Outro fato que me emocionou foi a declaração de uma pessoa, que nunca tinha visto, procurando numa banca de cartões, no centro de Maceió, o cartão de Natal para uma amiga que mora em outro estado. Foi outro momento significativo. E ela nunca deixou de enviar, mesmo com a distância, todos os anos, e também não deixou de receber. Isso une as duas, na certeza de que a sinceridade é grande na amizade. E olhem que os cartões, apesar da concorrência dos eletrônicos, continuam sendo vendidos em boa quantidade.
A vida é assim, mesmo distante, as pessoas se amam.