A origem do iatismo presume-se ter ocorrido na Holanda, apesar de ter sido a Inglaterra o primeiro País a instituir tal prática como modalidade esportiva. O primeiro clube de iatismo, Cork-Harbour Water Club, hoje Royal Cork Yacht Club, foi instituído na Irlanda e a primeira regata, provavelmente, foi realizada no ano de 1749, com o percurso Greenwich a Nore, quando foi disputada uma Taça de Prata, ofertada pelo então Príncipe Jorge e posteriormente Rei Jorge III.
O iatismo se difundiu pelo mundo e, em 1811, foi fundado em Nova York, o Knicker-Bocker Clube, que teve vida efêmera, apenas um ano. Entretanto, a bordo do Iate Gimcrack, foi fundado o New York Yatch Club que, de fato, se constituiu na mola propulsora do iatismo nos Estados Unidos, País onde mais se desenvolveu a modalidade, mantendo até hoje, a liderança internacional. Hoje praticamente desapareceram as grandes escunas. O iatismo oceânico apresenta barcos de dimensões que variam de 10 a 15 metros de comprimento, predominando, os pequenos iates com comprimento médio de 6 metros.
As regatas, que tanto podem ser de oceano (porto a porto), como águas abrigadas (percursos fechados, triangulares e retilíneos), obedecem às regras do Internacional Yacht Racing Union. Nas regatas oceânicas utilizam-se barcos diferenciados, embora obedeçam a um padrão de “hamdicaps” para igualar as possibilidades dos concorrentes. Nas regatas de águas abrigadas são geralmente utilizadas barcos monotipos, organizando-se as competições dos diferentes tipos em grupos, através das associações de classe “Shipe” as de maior difusão, seguida da de “Lightining” vindo em seqüência a de “Star”.
Nos Jogos Olímpicos, o iatismo figura com as classes 5,5 R.I., Star, Dragão, Flying Dutchman e Finn. No Brasil o iatismo foi introduzido pelos europeus ainda no século XIX e o primeiro clube foi fundado em 1906, o Iate Clube Brasileiro do Rio de Janeiro, seguindo-se posteriormente a fundação do Iate Clube do Rio de Janeiro e de Associações idênticas em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Em 1934 foi fundada a primeira entidade de direção do iatismo que se denominou Liga Carioca de Vela e, no mesmo ano, apareceu a Federação Brasileira de Vela e Motor. Adequando-se ao modelo do sistema esportivo pátrio, surgiu a Confederação Brasileira de Vela e Motor em 1941. Os primeiros monotipos que figuram nas regatas brasileiras são os das classes Snipe, Star, Lightining e Pinguins.
No plano internacional o iatismo brasileiro vem obtendo performances dignas de registros, entre as quais o tri campeonato mundial de classe Snipe que consagrou os irmãos gêmeos Axel e Erik Schmid nos anos de 1961/63/65, respectivamente, nos Estados Unidos, França e Espanha. Além do título mundial de Pinguins, conquistado no Rio de Janeiro em 1965 por Marco Aurélio Paradeta. O Brasil conquistou muitos títulos em olimpíadas, Pan-americanos e sul-americanos. Fonte : www.museudosesportes.com.br (http://www.museudosesportes.com.br/iatismo.php)