Era um sonho que se transformava em realidade. O Estádio Rei Pelé estava para ser inaugurado. E uma grande equipe do futebol brasileiro veio para enfrentar a nossa seleção. Um estádio construído para o torcedor alagoano expandir seus sentimentos, abrir as comportas da alma para o alívio das pressões da vida cotidiana, aplaudindo e vaiando a glória efêmera de uma vitória ou amargando as derrotas que educam e ensinam, criando o sentimento cívico da compreensão e entendimento de que a grande diretriz da vida não é, apenas vencer, ganhar, dominar, mas competir.
Os torcedores que cruzaram os portões do Estádio Rei Pelé naquela tarde, por certo, ficaram satisfeitos com a exibição do Santos diante da seleção alagoana, que para muitos, não era a nossa força máxima. O Santos, este sim, com todos seus grandes jogadores, não teve dificuldades em vencer o jogo por 5×0, gols assinalados no primeiro tempo. O primeiro gol no novo e majestoso estádio, foi marcado pelo atacante Douglas depois de recebeu um lançamento do ponteiro Abel. Depois, Pelé fez o segundo após jogada individual. Nenê marcou o terceiro e o quatro gol santista. Outra vez Pelé encerrou a goleada. A partida valeu pelas jogadas do time santista. A seleção alagoana, senão agradou, pelo menos, não apelou.
Detalhes técnicos da partida :
Dia: 25.outubro.1970
Local: Estádio Rei Pelé (Trapichão)
Santos 5 x Seleção Alagoana 0
Gols de Douglas. Pelé. Nenê, Nenê e Pelé
Juiz: Armando Marques
Auxiliares: Sebastião Canuto e Edvan Tenorio
Renda: Cr$ 285.490,00
Publico: 45.865 pagantes
Santos: Cejas (Edward), Carlos Alberto Torres (Turcão). Djalma Dias (Ramos Delgado). Marçal (Joel Camargo) e Rildo. Clodoaldo (Lima) e Nenê. Davi. Douglas. Pelé (Luis Carlos) e Abel.
Alagoas: Cocorote (Zé Luiz). Ciro (Walter). Dida. Djalma Sales (Ednelson) e Lourival. Aranha e Zito. Zezinho (Bite). Canavieiro (Brás). Adeildo e Canhoteiro.