No dia 7 de dezembro de 1969, no estádio do mutange, CSA e Ceará disputaram um jogo pelo Nordestão. Enquanto houve futebol, o CSA conseguiu dominar completamente o Ceará Sporting. O time azulino que sempre inicia seus jogos fazendo-se presente ao ataque com muita insistência, após alguns encontros sem mostrar seu verdadeiro estilo de jogo teve sua ofensiva em tarde inspirada, fator preponderante para os dois gols marcados em menos de meia hora.
Giraldo e Alderico realizaram jogadas que deixaram a defesa alencarina em polvorosa, não marcando um maior numero de gols em vista a segurança de Ita na meta do Ceará, e as diversas paralisações do juiz José Aldo Pereira que prejudicaram enormemente o clube alagoano. No meio campo, apesar do nervosismo de Beba, o CSA também conseguiu levar nítida vantagem, articulando as jogadas que eram distribuídas para a ofensiva.
A defesa também fez uma apresentação convincente. Dida e Paranhos se sobressaíram pelo meio da intermediária no combate a dupla Gildo-Zezinho, que pouco realizou. Nas laterais, Ciro e Barbosa ganhavam condições de ajudar o ataque em virtude do recuo de Didi e Osmar que desciam freqüentemente para apanhar jogo na intermediária e ajudar a defensiva.
Foi, no domingo, contra o Ceará, apesar do pouco tempo em que foi disputado o jogo, a melhor exibição do CSA no Nordestão. Todas as peças do time azulino mostraram contra o quadro alencarino um ritmo impressionante, acertando todos os lances, sem deixar que a equipe visitante mostrasse seu verdadeiro futebol.
A penalidade máxima assinalada pelo juiz José Aldo Pereira, aos trinta minutos do primeiro tempo do jogo, CSA 2 x Sporting 0, no domingo, foi mal recebido pelos jogadores azulinos juntamente com o treinador Barbosa, fato que gerou um dos maiores tumultos no futebol alagoano, que mais tarde culminou com a suspensão da partida. Até quando o encontro foi encerrado, o representante de Alagoas no Nordestão vencia por dois tentos e dominava amplamente as ações dentro do campo. No momento das reclamações dos jogadores do CSA, José Aldo Pereira recebeu um pontapé de Eric. Ele não viu e preferiu expulsar Alderico não fez nada. O treinador Barbosa entrou em campo e correu atrás do juiz sem conseguir alcança-lo.
Os gols do CSA, ambos de bela feitura, foram assinalados por Giraldo aos 8 minutos e Alderico aos 25. O juiz foi José Aldo Pereira da Federação Carioca de Futebol, que teve uma atuação desastrosa, não permitindo que as duas equipes jogassem de maneira ofensiva, prendendo demais o jogo no meio do campo, além de paralisar as jogadas para chamar, de maneira brusca, a atenção dos jogadores marujos, deixando a torcida bastante irritada. Seus auxiliares foram Rubens Cerqueira e Edson Matos. O CSA jogou com Zé Galego, Ciro, Dida, Paranhos e Barbosa; Beba e Eric, Ratinho, Giraldo, Alderico e Petruce. O Ceará com Ita. Daniel. Cícero. Laudemir e Carlindo. Gojoba e Magela. Osmar. Gildo. Zezinho e Didi.
Fonte : Gazeta de Alagoas de 1969