Histórias do futebol (I) : A história do Estádio Rei Pelé

Estádio Rei Pelé. (foto : www.museudosesportes.com.br)
Estádio Rei Pelé. (foto : www.museudosesportes.com.br)

O Estádio Rei Pelé, o Trapichão, foi inaugurado no dia 25 de outubro de 1970 com o jogo amistoso entre Seleção Alagoana e Santos. Pelé atuou neste jogo e o primeiro gol do Trapichão foi de autoria do santista Douglas. O jogo foi ganho pelo Santos por 5×0. O inicio da construção aconteceu no dia 15 de março de 1968 quando do lançamento da pedra fundamental. Estiveram presentes ao evento do vice governador em exercício Sampaio Luz e o calculista da estrutura do estádio Artur Eugênio Jermane. Era o inicio da fase efetiva da construção, precedida pelos trabalhos de sondagens de reconhecimento para as fundações e provas de cargas direta na camada do solo onde seria executada a referida fundação.

Após os trabalhos de fundações rasas nas sapatas, seguiu-se o serviço até atingir, em tempo recorde, a fase mais difícil de construção da super estrutura pelos setores centrais. Aquilo era um desafio dos técnicos, pois em condições normais, este trabalho seria executado a partir das etapas mais baixas. No entanto, a estrutura ultrapassou a expectativa. Acima de uma vitória técnica, era também, uma marca de advertência a grandiosidade da obra. Seria impossível mutilar o projeto.

A cobertura implantada com 42 metros, é uma das maiores do Brasil. Seu vão livre em balanço é o segundo do Brasil no gênero com 26 metros. Neste cobertura, como nas etapas seguintes, foi usada proteção tipo Freyssinet nos pilares externos para combater prováveis fissuramentos nas colunas, usando-se cabos de 12 fios de cinco milímetros.

Com uma altura máxima a qualquer outro Estádio no Brasil, corresponde a um edifício de sete andares. Uma cobertura totalmente impermilizada com pasta asfaltica, entremeada com véu de lã de vidro e filme de polietileno perfurado. Progressivamente como trabalho de implantação da estrutura, foram realizados obras paralelas de construção de fossas, preparação do terreno e posterior implantação e grameamento do campo, além de serviços dos setores hidráulicos e energéticos. Em pouco tempo o Trapichão tinha formas definidas difinitivas e, em trabalho progressivo, ia sendo completado.

O projeto foi do paulista João Kair que faleceu logo depois do inicio da construção. Seu filho, Marcos Kair foi o engenheiro que acompanhou a obra. Entretanto, foi uma equipe técnica, totalmente alagoana, que construiu o Trapichão. Dirigida pelo engenheiro Vinicius Maia Nobre, trabalharam os engenheiros Marcelo Barros (eletricista), Márcio Calado (sanitarista) e mais os engenheiros civis Nayron Barbosa, Marcos Mesquita, Roberto de Paiva Torres e Marcos Cotrim, formaram uma equipe que comandou milhares de anônimos operários. Na parte administrativa da obra estava no comando Carlos Barbosa. Tudo supervisionado pelo Superintendente da Fundação Alagoana de Promoções Esportivas (FAPE), Napoleão Barbosa. Esta equipe se destacou não apenas pela capacidade, mas pelo entusiasmo como que se dedicou durante toda a construção no estádio.

Em 1992, o governador Geraldo Bulhões contratou a firme Queiroz Galvão para uma reforma completa no Estádio Rei Pelé. Durante quase dois anos, o estádio esteve em obras. Além de restaurar todos os portões e bilheterias de acesso ao estádio, houve mudanças na gerais que, antes em pé, passaram a ter os torcedores sentados. Houve uma pintura geral com as cores vermelho, azul e branco. Foram colocadas vinte mil cadeiras, mais duas torres de iluminação, aumentando para mil lux, uma das mais eficientes do Brasil. Também foi inaugurado um Museu de Esportes e um auditório, além de novas cabines de rádio e televisão nas grandes arquibancadas do estádio.

Sua reabertura aconteceu no dia 8 de agosto de 1993 com um jogo amistoso internacional – Seleção Brasileira e Mexicana que terminou com o marcador de 1×1. A lotação do estádio para depois de sua reforma ficou em vinte e seis mil lugares sentados. Com o passar dos anos, as cadeiras foram enferrujando e como sua manutenção era muito cara, dirigentes da FAPE resolveram retirar as cadeiras. Com isso, houve um aumento para a capacidade do estádio que passou a ter uma lotação de trinta mil lugares. Entre as muitas festas esportivas que foram realizadas no Trapichão, podemos citar duas das mais importantes. Jogos da Taça Independência com partidas das seleções da Argentina e França. E as duas edições da Copa dos Campeões. Palmeiras campeão da primeira e Flamengo vencedor da segunda.

 

Fonte : www.museudosesportes.combr

Deixe um comentário