São quatro meses vivendo debaixo da marquise de um dos blocos de bilheteria do estádio Rei Pelé. É a família de Antônio Carlos da Conceição, 41 anos, natural de Atalaia, que ao lado de sua companheira Josefa Soares de Lima e de quatro filhos ( Ana Claudia, José Cláudio, Claudevan e Claudemir ) e uma neta (Ana Carla) passam por dificuldades em todos os sentidos.
“Estava no interior da Bahia, mas decidi trazer a família para Maceió a procura de um irmao. Quando aqui cheguei, ele tinha ido para São Paulo”, comentou Antônio Carlos, motorista desempregado e que hoje faz coleta, junto com a família, de latinhas recicláveis nas ruas da capital.
“O que a gente ganha é pouco, cerca de sessenta reais por mês. Não tenho carne para comer hoje”, revelou na entrevista, garantindo que não veio para Maceió para mendigar. ” Quero sair logo daqui, nao quero viver nessa situação por muito tempo, mas até os meus documentos foram roubados e não posso conseguir emprego de motorista em lugar algum”, afirmou Antônio Carlos.
Algumas pessoas doam a água para alimentação e também para higiene pessoal das sete pessoas de uma só família.