Público feminino soma 98% de participação nos grupos constituídos na capital
No mês dedicado à celebração e ao reconhecimento das conquistas femininas, a Prefeitura de Maceió destaca histórias inspiradoras de mulheres que encontraram na economia solidária uma oportunidade de transformação de vida.
No centro dessa mudança está o programa Economia Solidária, que vem impactando positivamente a vida de artesãs, que encontraram na atividade a liberdade financeira, inspiração e amor.
A iniciativa tem se destacado ao oferecer oportunidades significativas para mulheres artesãs e empreendedoras no município de Maceió. Quase 100% das pessoas que compõem os grupos do programa são mulheres.
Para Rosângela Nunes, o amor pelo artesanato começou na infância, mas foi durante a pandemia que ela encontrou o impulso para transformar sua paixão em um negócio. Incentivada por sua filha, ela decidiu empreender e, com a ajuda do programa Economia Solidária, viu seu trabalho ser reconhecido e valorizado.
“Graças ao programa Economia Solidária, hoje eu sou mais feliz. Tenho minha liberdade financeira e, apesar do pouco tempo, já vendi mais de mil bolsas que foram comercializadas em ações do Sine Maceió e vendidas até para fora do País”, conta.
A artesã compartilha sua jornada, desde a descoberta do talento na confecção de crochês e macramês até a participação em exposições e eventos promovidos pela Prefeitura de Maceió e outras instituições.
Através do programa, Rosângela encontrou uma forma eficiente de conectar seu trabalho a outros ciclos de produção, proporcionando uma nova perspectiva ao mundo do artesanato.
Desafios Superados
Para muitas mulheres, assim como Rosângela, o maior desafio do empreendedorismo feminino é superar as barreiras impostas por elas mesmas, ao enfrentar a insegurança e a falta de crença em seu potencial. Ela descobriu no programa não apenas uma fonte de renda, mas um caminho para o crescimento pessoal e profissional.
“O maior desafio somos nós mesmas”, revela a artesã ao falar sobre as barreiras do empreendedorismo feminino.
No entanto, ela afirma a importância da força de vontade e da crença em si mesma para superar tais barreiras.
Robervilda Davino carrega consigo não apenas habilidades excepcionais no crochê e no macramê, mas também uma história de amor e dedicação às artes manuais. Seu vínculo com o artesanato remonta à infância, quando aprendeu os segredos do crochê com sua avó, que para ela era uma mestra na arte dos fios e das agulhas.
“Foi quando me afastei da sala de aula que terminou se tornando profissão”, diz. Desde então, ela encontrou no artesanato e na Economia Solidária não apenas uma forma de sustento, mas também uma fonte de realização pessoal.
“Quando vamos para uma exposição, a gente conhece pessoas, socializa com as amigas. E isso para mim é uma importância muito grande”, frisa Dona Roberta.
Para ela, o programa não é apenas uma plataforma para vender suas criações, mas também um espaço de conexão e sociabilidade, ao poder interagir com o público ou a comunidade de artesãos.
A coordenadora do Economia Solidária de Maceió, Salomé Holanda, pontua a relevância do programa para as mulheres, representando 98% dos artesãos envolvidos.
Ela enfatiza a diversidade de produtos e histórias, incluindo aquelas que dependem exclusivamente dessa renda, as que buscam complementar seus ganhos e até mesmo as que encontram na atividade uma forma de superar quadros depressivos.
Salomé informa a abertura do programa para novos participantes e explica o processo de cadastro para interessados na gastronomia ou artesanato. Homens e mulheres são bem-vindos, refletindo um avanço significativo, com quatro homens já fazendo parte das atividades.
A coordenadora relata, ainda, as oportunidades oferecidas aos artesãos participantes, incluindo a presença em locais como o Maceió Shopping, o Shopping Pátio e o Mercado das Artes 31. A participação em eventos itinerantes, promovidos pela Prefeitura de Maceió, é evidenciada como uma forma de expandir o alcance do artesanato local.
Ela cita a qualidade única do artesanato presente na Economia Solidária, destacando que todas as peças são produzidas localmente pelos próprios artesãos, diferenciando-as de produtos comprados de fornecedores externos.
“Minha avó morava vizinha à gente, e ela fazia muito crochê. Então, com os outros anos eu aprendi”, relembra Robervilda. Desde então, o crochê tornou-se mais do que um simples passatempo. Transformou-se numa forte conexão com suas raízes e uma forma de expressar sua criatividade.
Apesar de sua formação como professora de artes e de uma carreira dedicada à educação, Dona Robervilda nunca abandonou sua paixão pelo crochê e pelo macramê. Mesmo enquanto lecionava, ela encontrava tempo para se dedicar às suas criações, até que eventualmente decidiu transformar sua paixão em profissão.
Maria Maia/Secom Maceió