Dengue: Infectologista da Sesau orienta como identificar os sintomas e alerta sobre a importância de buscar atendimento médico

A doença é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, mas pode ser evitada combatendo o vetor, que se prolifera em ambientes com água limpa

A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é uma doença viral que continua sendo um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil. Por isso, o médico infectologista Renee Oliveira, chefe do Gabinete Estadual de Combate às Doenças Infectocontagiosas, ressalta a importância de identificar os sintomas iniciais e procurar atendimento médico nas unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), evitando, deste modo, complicações, especialmente nos casos graves.

A dengue, conforme o especialista da Sesau, se manifesta entre quatro e dez dias após a picada do mosquito infectado e apresenta sintomas como febre alta de início súbito, dores musculares e articulares, náuseas, vômitos e manchas vermelhas na pele. “Por isso, o paciente que apresentar febre de 39°C a 40°C de início repentino e for acometido por dor de cabeça, prostração, dores musculares ou articulares, além de dor atrás dos olhos, deve procurar imediatamente um serviço de saúde”, recomenda Renee Oliveira.

Nos casos mais graves, a exemplo da dengue com sinais de alarme, sintomas como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramento de mucosas e dificuldade respiratória indicam risco elevado. “Essas condições requerem atendimento médico urgente, pois podem evoluir para quadros fatais, como hemorragias graves e insuficiência respiratória”, alerta o infectologista da Sesau.

Prevenção

Além do reconhecimento dos sintomas, a prevenção é a melhor arma contra a dengue. Por isso, o infectologista da Sesau reforça a importância de eliminar criadouros do mosquito, como recipientes que acumulam água. “Também é importante adotar medidas de proteção, como uso de repelentes, roupas de mangas compridas e instalação de telas em portas e janelas”, orienta.

Outra medida de proteção contra a dengue é a vacina, que foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, em municípios selecionados. No entanto, a vacinação é complementar e não substitui as ações preventivas.

“Por volta de 75% dos criadouros do mosquito estão em residências ou arredores, conforme apontam estudos da Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz]. Por isso, a colaboração da população, permitindo a inspeção de agentes de combate às endemias é imprescindível para reduzir os índices da doença e proteger a saúde coletiva”, frisa Renee Oliveira.

Gestão

O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, reforça que a gestão da Sesau vem acompanhando a situação epidemiológica da dengue em Alagoas. O gestor, entretanto, voltou a conclamar a população alagoana para fazer a sua parte no combate ao mosquito Aedes aegypti e adotar as medidas para evitar a proliferação do vetor.

“A dengue é uma doença séria que pode evoluir rapidamente para casos graves. Por isso, é fundamental que a população esteja atenta aos sintomas, como febre alta, dores no corpo e manchas na pele, e procure atendimento médico assim que eles surgirem. Além disso, a prevenção é nossa principal aliada e, por isso, eliminar os criadouros do mosquito é uma responsabilidade de todos”, enfatiza o gestor da saúde estadual.

Dados

Até a Semana Epidemiológica 49, que vai de 1º de janeiro até 1º de dezembro, Alagoas registrou 17.916 casos de dengue e 20 óbitos, sendo sete em Maceió e os demais em Atalaia (1), Viçosa (1), Porto de Pedras (1), Rio Largo (1), Maceió (7), União dos Palmares (1), Murici (1), Craíbas (1), Teotônio Vilela (1), Arapiraca (1), Belo Monte (1), Boca da Mata (1) e São José da Laje (1) e Pão de Açúcar (1).

 

Suely Melo / Ascom Sesau

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