Defensoria Pública constata a ausência de fluxo de atendimento de pacientes renais no interior do Estado

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL), por meio do Núcleo de Proteção Coletiva, constatou, na semana passada, a completa ausência de fluxo para atendimento e tratamento de pacientes renais em diversos municípios do interior do Estado.

A situação foi constatada durante reunião com representantes de diversos municípios, ocorrida na subsede da Defensoria Pública, situada no bairro Gruta de Lourdes. Na oportunidade, foi informado ao Defensor Público Lucas Monteiro Valença que alguns municípios sequer oferecem consultas com nefrologistas por meio da rede pública ou credenciada, e outros, ainda, em que o encaminhamento de pacientes para tratamento são geridos pelos prestadores de serviços, e não pelo município contratante, numa completa inversão da lógica do Sistema Único de Saúde (SUS).

“O início rápido e eficaz do tratamento de nefrologia é vital para que se evite uma piora no quadro clínico do paciente. A demora e a negativa em providenciar uma simples consulta e exames básicos pode redundar na necessidade de doação de um rim, ou tornar o paciente dependente de hemodiálise para o resto da vida. A situação constatada, portanto, é muito grave”, afirmou o Defensor Público Lucas Valença que tem acompanhado o caso.

A Defensoria concedeu o prazo de 30 dias para que as irregularidades sejam sanadas, acaso não sejam solucionadas, a situação será levada à Justiça.

Deixe um comentário