A criação de um hospital de retaguarda em oncologia e a necessidade do aumento de leitos voltados para pacientes paliativos, além de um plano de atuação com foco nos casos mais recorrentes de câncer, foram debatidos nessa quarta-feira, 13, pela Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) e as Secretarias de Estado da Saúde (Sesau) e Municipal de Saúde (SMS). A reunião foi conduzida pelo Defensor Público e Coordenador do Núcleo de Proteção Coletiva, Ricardo Antunes Melro, e contou com a presença do Secretário Executivo da Saúde de Alagoas, Guilherme Lopes e do secretário executivo do município de Maceió, Ebeveraldo
Na ocasião, os entes públicos decidiram pela criação de um grupo de Trabalho na área de Oncologia (GT) formado por técnicos das duas secretarias, voltado para a análise dos principais gargalos que impedem o desenvolvimento de melhorias voltadas à promoção da saúde, prevenção e tratamento dos quatro tipos mais comuns de câncer: mama, próstata, colo de útero e de intestino.
Entre as medidas a serem adotadas pelo grupo estão a publicização sobre os quatro tipos de câncer, desenvolvimento de campanhas publicitárias de prevenção e a oferta de exames e procedimentos médicos.
O grupo de trabalho também deve atuar no desenvolvimento de práticas que aumentem a eficiência dos serviços oncológicos para a população e no desenvolvimento de um plano que aumente a oferta de leitos nos hospitais públicos e credenciados para esses pacientes.
Foi colocado em mesa, também, a possibilidade dos hospitais na região metropolitana, Pilar e Rio Largo, atuarem no suporte das demandas. O defensor público, Ricardo Melro, pretende ainda esta semana visitar as unidades nos respectivos municípios.
Para Ricardo Melro, a união entre Estado e Município é a melhor saída para garantir o acesso da população aos serviços. “Nem o Estado nem o Município, com atuações separadas, melhorarão os fluxos para tratamento de câncer. Ambos perdem com desgastes políticos em face da má prestação. Mas, principalmente, perdem os cidadãos, pois são os maiores prejudicados. Como diz o ditado, no embate entre a maré e o rochedo, quem se arrebenta é o marisco. Portanto, a união técnica entre a Sesau e a SMS é o único caminho para todos ganharem. E a Defensoria Pública segue fomentando o trabalho conjunto com soluções consensuadas, mas sem descartar a força judicial quando necessária”, pontuou.
A primeira reunião do grupo de trabalho deve acontecer ainda esta semana. O GT voltará a se reunir com a Defensoria Pública, no final desde mês, para apresentação das primeiras medidas definidas.