Nos anos em que participou dos campeonatos alagoanos, Misso, quase sempre se transformava no goleador da temporada. Tinha faro de artilheiro e no pique com os zagueiros sempre levava a melhor. Fazia muitos gols e se transformou em um dos mais queridos jogadores da torcida do CSA. Quando começa a faltar gols no time azulino, a torcida logo se lembra dos gols de Misso. Eles não esquecem e sentem saudade daquele que sabia como fazer a alegria de sua torcida. Naquela época, os goleiros adversários, normalmente, se contentavam em ir apanhar a bola no fundo das redes.
Seu gol, quase sempre decisivo, era espetacular e ficarão nas páginas da história do futebol alagoano. Sua velocidade, seu oportunismo, sua antecipação aos zagueiros e sua facilidade para chegar ao gol adversário, eram características do artilheiro Misso.
Seu grande problema estava fora dos gramados. Sua vida desregrada, seu gosto pela bebida, pela farra e pelas mulheres, tiravam um pouco de sua condição física. Misso somente pensava em se divertir. E o futuro ? Isso Misso nem queria saber. Para ele, o que interessava era o presente. Naquele momento ele era artilheiro e ídolo da maior torcida alagoana.
Quando uma séria doença chegou e começou a tomar conta de seu corpo debilitado, seus falsos amigos fugiram. Apenas a família ficou do seu lado. Misso não suportou por muito tempo. A doença lhe corroía por dentro. Terminou morrendo. Partiu muito cedo e deixou muita saudade pela sua figura de um dos grandes artilheiros da história do Centro Sportivo Alagoano. Misso teve uma vida de alegria, dissabores e muita dor.
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