Ícone do samba paulista, Adoniran Barbosa tem sua obra sendo relembrada ao longo de 2010. Mas é nesta sexta-feira (6) que, se estivesse vivo, o cantor e compositor completaria cem anos de idade. Autor de clássicos como “Trem das Onze”, “Samba do Arnesto” e “Tiro ao Álvaro”, Adoniran ganhou site oficial oficial no UOL para comemorar seu centenário.
João Rubinato como Adoniran
Adoniran Barbosa era na certidão de nascimento João Rubinato, nascido na cidade de Valinhos em 06 de agosto de 1910. Para o compositor, seu nome de batismo não combinava com a figura de sambista, por isso adotou o primeiro nome de um amigo boêmio e no sobrenome homenageou o também sambista Luís Barbosa.
Paralelamente ao trabalho de compositor, Adoniran viveu momentos intensos como ator, interpretando histórias no rádio, no cinema e na TV, como o personagem Charutinho. O sambista ganhou espaço nas rádios paulistas depois de cantar uma versão de “Filosofia”, de Noel Rosa, no programa de calouros de Jorge Amaral.
E Foi em 1951 que ele se encontrou com os Demônios da Garoa. Firmada a parceria, gravaram juntos as canções “Malvina” e “Joga a Chave”, ambas de sua autoria, que foram premiadas em um concurso carnavalesco. E assim os sambas “Saudosa Maloca” e “Samba do Arnesto” consagram Adoniran como o compositor mais fiel ao retratar o cotidiano da paulicéia.
Seu maior sucesso, “Trem das Onze”, ele compôs em 1964. Interpretada pelos Demônios da Garoa, a música se eternizou como um hino da cidade de São Paulo. Adoniran tinha consciência de que suas músicas não obedeciam a gramática, mas isso não era uma preocupação. “Pra escrevê uma boa letra de samba a gente tem que sê em primeiro lugá anarfabeto”, dizia. Ele morreu em sua casa, na cidade de São Paulo, em 1982, aos 72 anos de idade.