A minha única Copa do Mundo

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Acompanhei momentos marcantes da Seleção Brasileira, principalmente no continente sul-americano, mas, sem dúvida alguma, a Copa do Mundo para qualquer jornalista ou radialista é um marco. Escalado para a Copa do Mundo da França, em 98, tive a oportunidade de viver momentos inesquecíveis, apesar da derrota para a França na final.

O maior desafio foi fazer uma cobertura sem direitos, o que permite que qualquer emissora de rádio ou de televisão tenha acesso à sala de imprensa, estádios, centro de treinamento e os centros de imprensa. O Timaço tinha um carro para o deslocamento da equipe para treinos e jogos, mas eu saia antes da turma e ia de trem para Ozoir, para disputar uma vagas nos computadores.

Com Arivaldo Maia, Antônio Oliveira, a equipe liderada por Walmari Vilela fez uma brilhante cobertura, contando com participações especiais de Jorge Moraes, Arnoldo Chagas e Izac Newton, este último fazendo uma cobertura para uma emissora de TV de Maceió.

Enquanto o Walmarí Vilela tinha acesso às entrevistas, minha missão em Ozoir-la-Ferrière, no chamado Campo dos Três Pinheiros, era de enviar noticias das outras seleções do grupo do Brasil, ainda com a internet sendo uma novidade, e nos bastidores, ouvindo torcedores e personalidades que iam ao Centro de Imprensa montado pela Coca-Cola para os cronistas brasileiros. Uma maravilha.

Foram quase 40 dias em Paris, mas de muita atividade. Nos dias de jogos eu ficava nas ruas ouvindo a torcida brasileira que se concentrava em grande numero na Praça da Prefeitura. Um grande telão me deixava com a impressão de estar nos estádios onde o Walmarí acompanhava cada detalhe das partidas.

Foi lá que soubemos da morte do cantor Leandro que formava a dupla com seu irmão Leonardo. A evolução da tecnologia foi algo também que me encheu os olhos.

Trouxe para Alagoas o primeiro gravador digital, o famoso MD me fez começar a abandonar o gravador de fita, muito usado na época. Comprar um fone Sony profissional em um supermercado foi diferente, algo que na época não encontrávamos em lojas do Brasil. Os celulares eram modernos e baratos, mas infelizmente a tecnologia europeia não era compatível no Brasil.

Vi o Brasil ser campeão na Copa América da Bolívia, levantar a taça na Argentina em um Pré-Olímpico, mas falo sobre isso depois.

 

 

 

 

 

 

 

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