Um milagre em meio à tragédia do acidente de avião da Chapecoense

Seis pessoas, duas delas em estado grave, sobreviveram à tragédia porque aeronave não explodiu

Em La Ceja, no leste da Colômbia, é comum o céu estar cinzento. Moradores da cidade dizem que sempre faz frio, chove pouco, mas de forma constante. Na manhã desta terça-feira, a paisagem, com a qual estão tão acostumados, foi diferente. Desde muito cedo, eles ouviram helicópteros que sobrevoavam a região. Ligaram o rádio e souberam que a poucos minutos dali – meia hora de carro – havia caído um avião. A notícia já dava volta ao mundo. Uma aeronave que transportava os jogadores da equipe de futebol Chapecoense, do Brasil, havia se acidentado e pelo menos 71 pessoas estavam mortas.

Os helicópteros e a movimentação de voluntários da Defesa Civil que se encaminham para o Cerro El Gordo, onde o avião caiu, fazem parte das ações de resgate que se desenvolvem no local do acidente desde que houve a confirmação do ocorrido. Somente o mau tempo, que piorou na madrugada, obrigou ao adiamento do trabalho por algumas horas. Em La Ceja, as pessoas, nas ruas, indicam a localização das clínicas para onde foram transportados os sobreviventes. “Desde cedo as pessoas estão procurando por elas, parece que todos querem comprovar que ainda possa haver vida depois do que aconteceu”, diz um funcionário de uma obra. “Os jogadores foram levados para ali”, aponta, indicando para seguir reto. Ele se refere ao local para onde foram levados os jogadores Alan Ruschel (23 anos) e Helio Hermito Zampier (31 anos), além do jornalista Rafael Henzel Valmorbida (43 anos), três dos sobreviventes do acidente.

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