Entre janeiro a julho deste ano, o índice das chamadas falsas para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Alagoas caiu 34,72%, em comparação com o mesmo período de 2019. Enquanto nos primeiros sete meses de 2020, as duas Centrais de Regulação, localizadas em Maceió e Arapiraca, receberam 232.807 ligações pelo número 192 e 72.662 foram trotes, no ano passado, do primeiro até o sétimo mês, 288.575 chamados foram contabilizados, sendo 111.310 falsos, o que representa uma redução de 38.648 trotes em números absolutos.
De acordo com Josileide Costa, supervisora do Samu Alagoas, a redução dos trotes vem acontecendo mês a mês e ano após ano. Realidade que, segundo ela, só tem sido possível graças as ações educativas desenvolvidas pela instituição. “Percebemos que para diminuir os trotes, era necessário conscientizar a população dos prejuízos causados por esse tipo de chamadas. Foi dessa forma que, há seis anos, iniciamos o projeto Samu nas Escolas, em parceria com a Ufal, levando informações aos estudantes, para que eles transmitissem esse conhecimento para os pais e familiares. E esse projeto tem dado muito certo”, disse a supervisora.
Outro projeto que leva informação e conscientiza a população, é o Conheça o Samu. Nele, os socorristas da instituição conversam com a população sobre os trotes e ensinam noções de primeiros socorros, acontecendo em locais públicos com grande circulação de pessoas. “São com as ações desses dois projetos que mostramos para a população que um trote pode custar uma vida, que um minuto ocupando a linha do 192, essa pessoa pode estar impedindo que alguém, que realmente precise de um atendimento, seja salvo”, salientou Josileide Costa.
Trotes na pandemia – As Centrais de Regulação das cidades de Maceió e Arapiraca receberam 44.801 trotes desde o dia 20 de março, data em que foi publicado o primeiro decreto governamental para o isolamento social. Na Central de Regulação da capital foram recebidas 22.007 ligações falsas e, em Arapiraca, o sistema 192 registrou 22.794 trotes.
Texto de João Victor Barroso