NOTA
O Grupo Técnico de Acompanhamento (GTA) se reuniu no início da noite de quinta-feira (17) para avaliar a situação no litoral alagoano e traçar as estratégias para a sexta-feira (18). Dois locais são considerados os que precisam de maior direcionamento de esforços: Barra de São Miguel, no Litoral Sul, com a presença de pequenos fragmentos, mas muito esparsos; e Japaratinga e Maragogi, no Litoral Norte, com a presença de grande quantidade de óleo.
O GTA é formado por representantes dos órgãos estaduais – Instituto do Meio Ambiente (IMA) e Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) -; federais – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); e Marinha – Capitânia dos Portos. Contando, ainda, com o apoio das secretarias de meio ambiente dos municípios atingidos, reforço da Defesa Social do Estado e apoio da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris).
Um navio com capacidade para retirar o óleo ainda no mar chega, nessa sexta-feira (18), para atuar na região entre Alagoas e Pernambuco, caso haja a necessidade. Segundo informações repassadas pelo Ibama, a embarcação pertence a uma empresa privada e é contratada pela Petrobras, tendo sido acionada pelo Ibama, Marinha e Petrobras. No momento, ela está no porto de Suape, em Pernambuco, e se dirige à região afetada pelo óleo ainda durante o dia.
Na próxima segunda-feira (21) haverá audiência pública na Assembleia Legislativa de Alagoas, às 15h. Após a audiência, está prevista uma reunião dos gestores ambientais e o Grupo Técnico de Acompanhamento (GTA).
Municípios
– Piaçabuçu e Feliz Deserto: situação regular, sendo monitorada;
– Coruripe: continua com ação de limpeza na área dos beachroocks;
– Jequiá: situação regular, sendo monitorada;
– Roteiro: situação regular, sendo monitorada;
– Barra de São Miguel: continua a ação de mutirão de limpeza com a participação do IMA, Coletivo Praia limpa, Semarh, voluntários e trabalhadores contratados ela prefeitura;
– Maceió: monitoramento da laguna Mundaú. Na tarde da quinta-feira (17), houve vistoria por água e terra. Não há registro de ocorrências repassadas por pescadores e moradores da região. Situação regular, sendo monitorada.
– Barra de Santo Antônio: situação regular, sendo monitorada.
– Barra de Camaragibe a Porto de Pedras: situação regular, sendo monitorada.
– Japaratinga e Maragogi: são as duas áreas mais críticas de Alagoas, o trabalho continuou durante o período da noite, na maré baixa da quinta-feira (17).
A ação de limpeza continua com a participação de reeducandos organizados pela Seris, Marinha, voluntários e pessoas contratadas pelas prefeituras. O trabalho é coordenado pela Defesa Civil do Estado, com orientação do Ibama e da Capitania dos Portos, com apoio do IMA e da Semarh. Os trabalhos de retirada do óleo continuam durante todo o período de maré baixa, enquanto persistir o problema.
NOTÍCIAS FALSAS
Perfis em redes sociais espalharam falsas informações sobre duas situações: a presença de manchas nas piscinas de Japaratinga e a orientação para não consumir pescados.
Segundo informações repassadas pelo Núcleo de Gestão de Fauna do IMA, não há documento oficial, de nenhum órgão de Meio Ambiente, em qualquer uma das três esferas – municipal, estadual e federal – que trata especificamente do consumo de pescados. A orientação geral é para evitar o contato com o óleo e, em caso de avistamento de animais oleados, acionar imediatamente os órgãos ambientais competentes em Alagoas: IMA, Ibama e BPA.
Não há o registro da presença de óleo na região das piscinas. Uma grande mancha que foi avistada em imagens aéreas estava em São José da Coroa Grande (PE). Segundo informações do Ibama, a mesma fora arrastada para a região da praia e retirada de dentro do mar.
Texto de Clarice Maia