As FARC retornam à vida civil de modo precário

Ana Marcos ( Bogotá )

A última marcha das FARC, como tem sido chamado deslocamento da guerrilha para as zonas veredaisespalhadas por todo o país nas quais entregarão as armas e passarão à vida civil, deveria ter sido concluída no início de fevereiro. Mas, como em cada capítulo do processo de paz na Colômbia, as datas não foram cumpridas. O último insurgente entrou na área de Montañita, no departamento de Caquetá, no sul do país, neste sábado. O caminho para as 26 áreas onde viverão até o dia 1º de junho (previsivelmente) foi longo. Ainda restam obstáculos.

A saída do último guerrilheiro das FARC da floresta profunda oferece um pouco mais de esperança aos colombianos, mas não a definitiva. Nessas zonas deveriam ter encontrado espaços comuns construídos pelo Governo para cozinhar, cuidar da higiene pessoal, receber cuidados de saúde e formação. Também deveriam ter encontrado os materiais para levantar seus dormitórios. Mas, como aconteceu no caminho, a realidade superou as expectativas de todos. As FARC chegaram a esplanadas vazias ou em pleno processo de criação. O próprio chefe da missão da ONU na Colômbia, Jean Arnault, numa carta dirigida à sua equipe, explica essa situação precária: “A maioria dos acampamentos das FARC-EP não está pronta, nem foram definidas com precisão”, pode-se ler.

http://brasil.elpais.com/brasil/2017/02/18/internacional/1487455153_111697.html

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