27ª Feira Camponesa recebe o apoio do Governo de Alagoas

Iteral é um grande parceiro na realização das feiras agrárias, que facilitam o escoamento dos produtos da agricultura familiar

Texto de Helciane Angélica Santos Pereira

A Comissão Pastoral da Terra (CPT-AL) abriu nesta quarta-feira (4), na Praça da Faculdade, em Maceió, a 27ª edição da Feira Camponesa. O Governo de Alagoas, por meio do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), apoia a realização das feiras agrárias no Estado, que fortalecem o escoamento da produção da agricultura familiar.

A solenidade de abertura contou com as lideranças dos movimentos sociais do campo (MLST e Via do Trabalho) e representantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Sindicato dos Urbanitários, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Alagoas (Fetag) e o superintendente do Incra/AL, César Lira.

 

O diretor-presidente do Iteral, Jaime Silva, marcou presença no evento e ainda prestigiou a mística inicial que exaltou o trabalho na terra e o uso sustentável da natureza. Jaime Silva parabenizou todos os agricultores e agricultoras pelo árduo trabalho e diversidade agrícola.

“O trabalho dos agricultores é essencial para a população do campo e da cidade, e essas feiras mostram, na prática, a importância da reforma agrária. O Iteral está à disposição dos movimentos sociais para discutir e ajudar. Essa é a orientação que recebi do governador Renan Filho e é assim que conduzirei o Instituto de Terras até o fim”, destacou Jaime Silva.

 

Os coordenadores estaduais da CPT agradeceram o apoio institucional do Governo do Estado e destacaram que a feira também é fruto da teimosia e da resistência do povo camponês, que enfrentou os anos de estiagem, as dificuldades com as estradas de acesso e soube cultivar durante o inverno deste ano.

 

Representação

 

Participam desta edição cerca de 80 feirantes oriundos de 20 áreas da reforma agrária, dentre convidados de outros movimentos e agricultores dos assentamentos vinculados à Pastoral Social: Nossa Senhora da Conceição e Todos os Santos (Água Branca); Santo Antônio (Major Isidoro); Pe. Emílio April (União dos Palmares); Dom Helder Câmara (Murici); Flor do Bosque (Messias); Irmã Dorothy (Porto de Pedras); Jubileu 2000 e Quilombo dos Palmares (São Miguel dos Milagres); e Margarida Alves (Maragogi).

 

Os acampados e assentados representam o Litoral Norte, Zona da Mata e Sertão alagoanos. Eles estão comercializando frutas, legumes, inhame, macaxeira, abóbora, batata doce, mel de abelha, ovos de capoeira, doces caseiros e animais.

 

A agricultora Josefa Maria da Silva, do assentamento Dom Helder Câmara, mobiliza toda a família para vender tapioca, beiju, pé de moleque e outros produtos do seu lote. “Eu nunca faltei uma feira. Participei de todas da CPT e sempre que sou convidada vou para as dos outros movimentos. Também vendo as minhas coisas na feira de Murici toda sexta e sábado, mas, aqui, o lucro é maior, é mais divertido, e a gente conhece pessoas diferentes”, exaltou.

Já a aposentada Ivanise Cavalcante Tenório, moradora do bairro de Ponta Verde, aproveita para tomar o café da manhã na feira, que considera organizada. “Eu amo essas feiras, porque têm muita coisa natural, os preços são bons e as coisas têm qualidade”.

 

Programação

A programação também é composta por casa de farinha, restaurante camponês e atrações culturais à noite. Nesta quinta-feira (5) terá apresentação de Rogério Dyaz e a Trincheira e Chau do Pife; na sexta(6), a noite será animada pelo Samba da Periferia, bingo de um carneiro e Pinóquio do Acordeon. A feira ocorre das 6h às 22 horas, exceto no sábado, quando encerra ao meio dia.

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